domingo, 23 de junho de 2013

PCPG nas manifestações do dia 17/06

Link com participação do PCPG nas manifestações do dia 17/06/13, reparem no inicio e final do vídeo a bandeira da Unidade Classista e a do PC enrolada, já que o movimento se declara apartidário.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=nYQqik-H1rI

domingo, 17 de março de 2013

PCdoB - ESTELIONATO POLÍTICO, MENTIRA E MANIPULAÇÃO DESAVERGONHADA!

Antonio Carlos Mazzeo - Professor de Ciências Políticas da Universidade Estadual Paulista - Unesp e Membro do Comitê Central do PCB

A Pior coisa do mundo é o enganador ... ou melhor o estelionatário!Quem teve o desprazer de ver as inserções do PCdoB no horário nobre da TV, pode assistir um estelionato político ao vivo, a cores e sem cortes .... despudorado.A falta de vergonha foi tal, que cheguei a ficar ruborizado diante de tanta mentira e manipulação.É mais do que sabido que o PCdoB, surgiu em 1962, como dissidência de uma absoluta minoria do Comitê Central do PCB, formada por João Amazonas e Maurício Grabois, que discordavam dos debates sobre o XX Congresso do PCUS - Partido Comunista da União Soviética - e a necessidade de desestalinizar o Partido e o próprio Movimento Comunista Internacional.Adere ao maoismo e passa a nominar o PCB como "bando de Prestes" e a União Soviética de "social imperialismo". Para o PCdoB, Cuba passa a ser um "satélite do social imperialismo", sendo Fidel Castro uma "marionete dos soviéticos". Mais tarde, o PCdoB rompe com a China e passa a considerar a Albânia do stalinista ortodoxo Henver Hoxha como "farol do socialismo". Com a crise e a divisão do PCB, em 1992, que deixa o Partido muito debilitado, aproveita o momento de fragilidade do PCB e monta uma agressiva e deliberada política de apropriação da história do PCB, distorcendo e manipulando os fatos históricos.Mas, se para os setores mais esclarecidos e mais informados do movimento social e da intelectualidade de esquerda, essa agremiação não é levada à sério, é de preocupar que essa mentira dita muitas vezes possa ganhar alguma dimensão entre os segmentos mais atrasados do movimento social.Não bastasse dizer que tem 90 anos – grosseria semalgum respaldo histórico e temporal, pois se o PCdoB foi fundado em 1962, ele tem 51 anos de vida política errática e oportunista – mentiu descarada e escandalosamente, ao dizer que Prestes, Olga, Niemeyer, Jorge Amado, entre outros, foram daquela agremiação (esse é o termo possível)Olga foi deportada para a Alemanha em 1936 e executada pelos nazistas no campo de concentração de Bernburg, em 1942. Prestes, de 1934 a 1980, foi Secretário geral do PCB, rompendo em 1981 com o Comitê Central do Partido. Jorge Amado, deputado constituinte do PCB, em 1945, ficou no Partido até inícios da década de 1960, quando afasta-se de sua militância política, sem nunca ter pertencido às fileiras da agremiação fundada por Amazonas e Grabois. Niemeyer, ainda muito jovem, ingressou no PCB e foi um dos líderes da luta contra a liquidação do Partido, em 1992, opondo-se duramente ao grupo liquidacionista de Roberto Freire.Portanto, o PCdoB cometeu estelionato político em suas inserções televisivas!Mas essa mentira despudorada tem um objetivo: o de esconder sua adesão ao projeto de modernização conservadora do capitalismo liderada pelo PT, as alianças com os monopólios internacionais e nacionais, a amizade com o agronegócio e a conciliação de classes.Para mentir desavergonhadamente, o PCdoB não tem limites e enxovalha nomes de lutadores que jamais estiveram do lado de lá das barricadas ....Não tenho ilusões de que protestos e denúncias desse estelionato político alterem a linha e o caminho sem volta que essa agremiação política abraçou.Mas fica aqui registrado meu repúdio, minha náusea e minha indignação.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


PCB Ponta Grossa-PR a Reconstrução Revolucionária: lutando contra a corrupção e a favor da saúde pública e dos trabalhadores!

O Partido Comunista Brasileiro vive um momento diferente na cidade de Ponta Grossa-PR. Diferente não em suas propostas revolucionárias, mas em sua atuação junto aos movimentos sociais. Sendo fiel a proposta de “’Reconstrução Revolucionária”, a qual deve perpassar nas bases da luta de classes.
Em meio aos escândalos noticiados pela imprensa local, após o indiciamento do ex-prefeito da Pedro Wosgrau (PSDB) e demais integrantes de seu governo, por desvios de verbas, superfaturamento de obras e o consequente sucateamento da saúde pública, o PCB – Comitê Municipal de Ponta Grossa, convocou seus militantes e se mobilizou a fim de denunciar tal situação em fevereiro organizou um ato em frente ao terminal central da cidade. O ato foi construído pelo PCB, PSOL, DCE da UEPG, Pastoral Operária, Conselhos de Saúde, SINTESPO e demais movimentos de luta.
A saúde pública não é mercadoria e o PCB, em sintonia com a vida do trabalhador, repudia esse fato e esta acompanhando o desenrolar deste caso, junto a classe trabalhadora!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Um pouco de História 



BANCADA DO PCB NA ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE (1946) 


     Nas eleições gerais de 2 de dezembro de 1945, o PCB "concorreu em todos os estados da Federação e, dos 5.919.527 votos, recolheu 511.122. O seu candidato à Presidência da República, Yedo Fiuza, um engenheiro não-comunista, lançado a menos de um mês das eleições, recebeu 10% dos votos válidos. Prestes foi eleito senador pelo Distrito Federal (e deputado por três estados) e o partido conduziu à Câmara dos Deputados 14 representantes - Gregório Bezerra, José Maria Crispim, Maurício Grabois, Claudino José da Silva, Joaquim Batista Neto, Osvaldo Pacheco, Abílio Fernandes, Alcides Sabença, Agostinho Dias de Oliveira, João Amazonas, Carlos Marighela, Milton Caires de Brito, Alcedo Coutinho e Jorge Amado, a que se somaram posteriormente, eleitos sob outra legenda (do Partido Social Progressista, PSP), Pedro Pomar e Diógenes Arruda Câmara". In. SEGATTO, J. (et alii) PCB Memória Fotográfica 1922-1982. 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 84



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Na educação, Beto Richa resgata ideário neoliberal da era Jaime Lerner


O que esperar de um governo que acha que os educadores não precisam de salários dignos, mas sim de motivação? É essa a essência do recado dado na Semana Pedagógica, que acontece até a próxima sexta-feira (8) nas 2,1 mil escolas da rede pública estadual do Paraná.
O jornal Folha de Londrina, edição de quarta-feira (6), berra em sua manchete que “Professores não leem no tempo livre”. Pronto. Era o argumento que faltava ao governo de Beto Richa (PSDB) para continuar negando ao magistério paranaense a implantação dos 33% de hora-atividade, prevista na Lei Nacional do Piso.
Faz mais de dois anos que o tucano e seu vice e secretário da Educação, o companheiro de ninho Flávio Arns (PSDB), vêm adiando o cumprimento da legislação. Governam fora da lei, portanto.
O que leva 100 mil educadores a continuarem calados diante desse descaso? Daqui a pouco, se não reagirem, serão lhes negados o direito à hora-atividade porque “não ocupam o tempo para se aprimorarem profissionalmente” ou “não sabem utilizar adequadamente o tempo disponibilizado”. Enfim, essa turma encontra até duas teses ao dia quando é para barrar os avanços na Educação.
Volto à questão da Semana Pedagógica ou “Semana Pedagógica”, segundo alguns docentes. A avaliação dos educadores em relação à atividade promovida pela Secretaria de Estado da Educação (SEED) é a pior dos últimos anos. Ressuscitaram até um guru neoliberal da era Jaime Lerner, do tempo da secretária Alcione Saliba, que foi contratado para “convencer” os educadores de que a responsabilidade pelo bom funcionamento das 2,1 mil escolas da rede pública estadual é deles e menos do poder público.
O objetivo político/ideológico do governo do Paraná é preparar os estabelecimentos de ensino, tal qual uma empresa privada, a cumprir metas e reduzir custos. Um discurso neoliberal que os paranaenses achavam que haviam enterrado com o fim da era Lerner. Portanto, fica o ensinamento à comunidade escolar paranaense: os tucanos Flávio Arns e Beto Richa podem até falar manso, mas têm projetos mais nocivos à Educação que seu pai político Jaime Lerner.

Fonte: http://www.esmaelmorais.com.br


As Seis Características Fundamentais de um Partido Comunista


Álvaro Cunhal

15 de Setembro de 2001



O quadro das forças revolucionárias existentes no mundo alterou-se nas últimas décadas do século XX.
O movimento comunista internacional e os partidos seus componentes sofreram profundas modificações em resultado da derrocada da URSS e de outros países socialistas e do êxito do capitalismo na competição com o socialismo.
Houve partidos que renegaram o seu passado de luta, a sua natureza de classe, o seu objectivo de uma sociedade socialista e a sua teoria revolucionária. Em alguns casos, tornaram-se partidos integrados no sistema e acabaram por desaparecer.
Esta nova situação no movimento comunista internacional abriu na sociedade um espaço vago no qual tomaram particular relevo outros partidos revolucionários que, nas condições concretas dos seus países, se identificaram com os partidos comunistas em aspectos importantes e por vezes fundamentais dos seus objectivos e da sua acção.
Por isso, quando se fala hoje do movimento comunista internacional, não se pode, como em tempos se fez, colocar uma fronteira entre partidos comunistas e quaisquer outros partidos revolucionários. O movimento comunista passou a ter em movimento uma nova composição e novos limites .
Estes acontecimentos não significam que partidos comunistas, com a sua identidade própria, não façam falta à sociedade. Pelo contrário. Com as características fundamentais da sua identidade, partidos comunistas são necessários, indispensáveis e insubstituíveis , tendo em conta que assim como não existe um “modelo” de sociedade socialista, não existe um “modelo” de partido comunista.
Entretanto, com diferenciadas respostas concretas a situações concretas, podem apontar-se seis características fundamentais da identidade de um partido comunista, tenha este ou outro nome.

1ª - Ser um partido completamente independente dos interesses, da ideologia, das pressões e ameaças das forças do capital.
Trata-se de uma independência do partido e da classe, elemento constitutivo da identidade de um partido comunista. Afirma-se na própria ação, nos próprios objetivos, na própria ideologia.
A ruptura com essas características essenciais em nenhum caso é uma manifestação de independência mas, pelo contrário, é, em si mesma, a renúncia a ela.

2ª - Ser um partido da classe operária, dos trabalhadores em geral, dos explorados e oprimidos .
Segundo a estrutura social da sociedade em cada país, a composição social dos membros do partido e da sua base de apoio pode ser muito diversificada. Em qualquer caso, é essencial que o partido não esteja fechado em si, não esteja voltado para dentro, mas, sim voltado para fora, para a sociedade, o que significa, não só mas antes de mais, que esteja estreitamente ligado à classe operária e às massas trabalhadoras.
Não tendo isto em conta, a perda da natureza de classe do partido tem levado à queda vertical da força de alguns e, em certos casos, à sua autodestruição e desaparecimento.
A substituição da natureza de classe do partido pela concepção de um “partido dos cidadãos” significa ocultar que há cidadãos exploradores e cidadãos explorados e conduzir o partido a uma posição neutral na luta de classes – o que na prática desarma o partido e as classes exploradas e faz do partido um instrumento apendicular da política das classes exploradoras dominantes.

3ª - Ser um partido com uma vida democrática interna e uma única direcção central.
A democracia interna é particularmente rica em virtualidades nomeadamente: trabalho colectivo, direção colectiva, congressos, assembleias, debates em todo o partido de questões fundamentais da orientação e ação política, descentralização de responsabilidades e eleição dos órgãos de direção central e de todas as organizações.
A aplicação destes princípios tem de corresponder à situação política e histórica em que o partido atua.
Nas condições de ilegalidade e repressão, a democracia é limitada por imperativo de defesa. Numa democracia burguesa, as apontadas virtualidades podem conhecer, e é desejável que conheçam, uma muito vasta e profunda aplicação.

4ª - Ser um partido simultaneamente internacionalista e defensor dos interesses do país respectivo.
Ao contrário do que em certa época foi defendido no movimento comunista, não existe contradição entre estes dois elementos da orientação e ação dos partidos comunistas.
Cada partido é solidário com os partidos, os trabalhadores e os povos de outros países. Mas é um defensor convicto dos interesses e direitos do seu próprio povo e país. A expressão “partido patriótico e internacionalista” tem plena atualidade neste findar do século XX. Pode, na atitude internacionalista, incluir-se, como valor, a luta no próprio país e, como valor para a luta no próprio país, a relação de solidariedade para com os trabalhadores e os povos de outros países.

5ª - Ser um partido que define, como seu objectivo, a construção de uma sociedade sem explorados nem exploradores, uma sociedade socialista.
Este objectivo tem também plena atualidade. Mas as experiências positivas e negativas da construção do socialismo numa série de países e as profundas mudanças na situação mundial, obrigam a uma análise crítica do passado e a uma redefinição da sociedade socialista como objectivo dos partidos comunistas.

6ª - Ser um partido portador de uma teoria revolucionária, o marxismo-leninismo, que não só torna possível explicar o mundo, como indica o caminho para transformá-lo.
Desmentindo todas as caluniosas campanhas anticomunistas, o marxismo-leninismo é uma teoria viva, antidogmática, dialéctica, criativa , que se enriquece com a prática e com as respostas que é chamada a dar às novas situações e aos novos fenômenos dinamiza a prática, enriquece-se e desenvolve-se criativamente com as lições da prática.
Marx no “O Capital” e Marx e Engels no “Manifesto do Partido Comunista” analisaram e definiram os elementos e características fundamentais do capitalismo. O desenvolvimento do capitalismo sofreu porém, na segunda metade do século XIX, uma importante modificação. A concorrência conduziu à concentração e a concentração ao monopólio.
Deve-se a Lénine, na sua obra “O imperialismo, fase superior do capitalismo”, a definição do capitalismo nos finais do século XIX.
Extraordinário valor têm estes desenvolvimentos da teoria. E igual valor têm a investigação e a sistematização dos conhecimentos teóricos.
Numa síntese de extraordinário rigor e clareza, um célebre artigo de Lénine indica “as três fontes e as três partes constitutivas do marxismo”.
Na filosofia, o materialismo-dialéctico, tendo no materialismo histórico a sua aplicação à sociedade.
Na economia política, a análise e explicação do capitalismo e da exploração, cuja “pedra angular” é a teoria da mais-valia.
Na teoria do socialismo, a definição de uma sociedade nova com a abolição da exploração do homem pelo homem.
Ao longo do século XX, acompanhando as transformações sociais, novas e numerosas reflexões teóricas tiveram lugar no movimento comunista. Porém, reflexões dispersas, contraditórias, tornando difícil distinguir o que são desenvolvimentos teóricos, do que é o afastamento revisionista de princípios fundamentais.
Daí o carácter imperativo de debates, sem ideias feitas nem verdades absolutizadas, procurando, não chegar a conclusões tidas por definitivas, mas aprofundar a reflexão comum.
É de esperar que o Encontro Internacional na Fundação Rodney Arismendi de Setembro do ano corrente dê uma contribuição positiva para que este objectivo seja alcançado.

Primeira Edição: Intervenção enviada ao Encontro Internacional sobre a "Vigencia y actualización del marxismo", organizado pela Fundación Rodney Arismendi , em Montevideo, de 13 a 15 de Setembro de 2001, por ocasião do 10º aniversário da sua constituição. O Encontro abordou três grandes temas: "Una concepción y un método para enfrentar los desafíos del nuevo milenio"; "Democracia, democracia avanzada y socialismo"; "Por la unidad de la izquierda a la conquista del gobierno".
Fonte:
 Portal Vermelho.

Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo, fevereiro 2008.